O Museu Monográfico de Conimbriga consiste em ruínas de uma cidade do período romano de Portugal. Possui uma linda entrada que logo remete às construções romanas, totalmente inspirada na arquitetura daquela época. Neste artigo, vamos descrever alguns itens das exposições do museu.
Metalurgia
Há um painel com peças de cobre mostrando como os Romanos mexiam muito bem com metalurgia, principalmente com este material. Tais peças eram produzidas na própria cidade de Conimbriga. Adiante, há uma vitrine com objetos feitos inteiramente em metal. Alguns eram usados na agricultura, outros na cozinha… Os romanos desenvolveram demais as técnicas nesta atividade, que permanecem como legado à humanidade até os dias de hoje.
Cerâmica
Outra estante mostra a produção da cerâmica, tanto artefatos de construção como a cerâmica do dia-a-dia. É interessante mencionar algo: nós, arqueólogos e arqueólogas, encontramos o material no sítio arqueológico em pedacinhos; porém, muitas vezes conseguimos constituir a forma inteira do objeto através desses pedaços (principalmente das bordas e dos fundos). Isto é muito mágico, não é? Porém, nem tudo que se encontra em uma escavação arqueológica está quebrado, e outra vitrine com os objetos inteiros são a prova disso. Elas servem para que o visitante entenda melhor como eram as coleções de tigelas e objetos, usados para cozinha, para transporte de carga, transporte de azeite, líquidos e vinhos… Enfim, observando esses itens, o visitante do museu consegue ter uma ideia do dia-a-dia daquelas pessoas.
Você sabe o que é ânfora? Era um objeto usado nos navios para transportar vinho e azeite. No Museu Monográfico de Conimbriga você consegue encontrar algumas. Elas tinham um fundo em formato de cone, porque eram transportadas em estantes de madeira com várias saliências para encaixe. Isto porque obviamente o navio balança, e esta era uma forma inteligente de carregar líquidos nele. Possuíam tampas, algumas vezes também de cerâmica.
Outro objeto romano superinteressante encontrado no Museu Monográfico de Conimbriga é a lucerna (em português do Brasil – lamparina), espécie de artefato parecido com a lâmpada do gênio da história de Aladdin.
Arquitetura
Na cidade, algumas partes confeccionadas em rochas dos edifícios eram construídas através de uma técnica chamada cantaria. O museu mostra como esta técnica era utilizada para a construção das colunas, do piso, do teto, dos mosaicos e de tantos outros elementos arquitetônicos.
Quando estudamos a cultura romana nos livros de História, temos a impressão de que era tudo branco nas construções. Não era! Os romanos amavam cores. No Museu Monográfico de Conimbriga, há fragmentos de construções da cidade que mostram isso: alguns detalhes da arquitetura eram feitos com pintura em tonalidade vermelha, verde e amarela, que eram as cores dos pigmentos mais fáceis de se obter com minerais.
Uns dos detalhes de Conimbriga que mais chamam a atenção são os mosaicos. Vários estão preservados, e na sala dedicada à arquitetura há dois deles que foram restaurados, possibilitando o visitante admirá-los por completo.
Objetos femininos
Os romanos e as romanas gostavam muito de cuidar do corpo. A famosa expressão em português “mente sã, corpo são” é a tradução para a expressão em latim (língua dos romanos) “Mens sana in corpore sana”. No museu há uma seção dedicada a objetos de cuidado pessoal e beleza: grampos de cabelo, potinhos, pequenos vasos onde se colocavam os perfumes, pinças para tirar sobrancelhas, e muito mais.
Amuletos
O povo romano era muitíssimo supersticioso. Tinham muitas crenças e até usavam amuletos – alguns com formas muito inusitadas (até mesmo de órgãos genitais). Você pode encontrar alguns deles em exibição.
E assim se encerra a nossa visita no Museu Monográfico de Conimbriga. Aliás, por que este nome “monográfico”? Por que ele fala só sobre um assunto: as ruínas da cidade romana de Conimbriga, próxima a Coimbra, norte de Portugal. Se você tiver oportunidade, visite esse local incrível!
Texto: Cris Amarante & Débora Blair
Foto acima: Museu Monográfico de Conimbriga, Portuga
